Com a chegada do jogador Adriano ao Flamengo, depois de uma saída conturbada do Inter de Milão, aumentou-se o questionamento sobre o profissionalismo do jogador brasileiro.
Adriano recebia seus altos salários sempre em dia, tinha ótima infra-estrutura no seu clube e a enorme perspectiva de continuar a ser convocado para a seleção brasileira. E o que aconteceu? Alegando problemas existenciais (ele dizia não ser feliz), forçou sua saída do time italiano com o intuito de poder resolver sua vida. Logo depois, acertava seu contrato com o Flamengo.
Há pouquíssimo tempo, esse jogador foi considerado suspeito por frequentar churrascos e festas com traficantes, bandidos procurados pela polícia, com quem ele compartilhou uma infância pobre na Vila Cruzeiro. Esse jogador é exatamente o mesmo que viajou com a seleção brasileira e depois sumiu sem avisar ao seu clube, instituição que lhe pagava – em dia – os salários. Além disso, esse próprio jogador, depois de diversas especulações sobre seu sumiço – como overdose e Aids (dentre ouros boatos) – foi responsável por uma festança com prostitutas e até travestis. Ele é, ironicamente, a representação das esperanças de uma torcida, que, alheia a qualquer questão moral que o envolva, também prefere esquecer tudo de ruim que lhe faça referência.
Torcida e mídia pouco falam sobre esse mau comportamento. Ronaldo, em entrevista à TV Globo, corrobora essa atitude e diz que eles, os jogadores, devem ser cobrados apenas pelo que fazem em campo. Nesse momento, parece que o importante é valorizar a permanência dele no Rio de Janeiro.
Situações como a do Adriano, que simbolizam a falta de profissionalismo e de cumprimento dos deveres, repetem-se com vários outros jogadores brasileiros (como Robinho, Ronaldinho Gaúcho etc). Isso só prejudica a imagem do Brasil, cujo povo, em sua maioria, é muito trabalhador.
É muito importante não deixarmos a paixão pelo futebol nos tornar cegos para atitudes tão erradas.
Rui Alves Gomes de Sá
2 comentários:
Podemos até levar a consideração um pouco mais longe... Será que devemos deixar de ser complacentes com a falta de postura profissional apenas no esporte ou em qualquer outra atividade?
Um abraço.
De novo, Adriano não foi achado ou pelo menos telefonou para avisar onde estava. A versão oficial era de que o Imperador teria uma audiência nesta terça-feira, mas Kleber Leite não sabia o que estava acontecendo.
Será que a culpa vai ser do rádio do supervisor Isaías Tinoco? Aliás, Adriano sempre vem acompanhado por um kit problema. Nenhuma novidade!
Postar um comentário