31/10/2011

CRISE MUNDIAL

INTRODUÇÃO

Há pouco tempo, ouvimos algo que achávamos impensável acontecer: os Estados Unidos farão moratória, ou seja, não honrarão seus compromissos financeiros assumidos.

Essa crise americana gerou uma repercussão enorme em todo o cenário mundial produzindo um cenário tão interessante quanto complexo.

Vamos aos fatos e às razões dessa questão.


CRISE AMERICANA

O governo dos Estados Unidos, para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador, teve de fazer vários encontros e acordos políticos. O presidente Barack Obama afirmou em pronunciamento na Casa Branca que a falta de um acordo que permitisse elevar o teto da dívida do país traria problemas sérios à economia. No dia 2 de agosto, o Congresso ampliou o limite de dívida pública permitido ao governo. Caso contrário, os EUA poderiam ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas, isto é, haveria risco de calote.

A elevação do teto da dívida permitiu ao país pegar novos empréstimos e realizar pagamentos obrigatórios.

Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei. Isso acontece, porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.

Um eventual calote do país, que é considerado o pagador mais seguro do mundo, teria efeitos também para o Brasil: por exemplo, encareceria o custo de financiamento para bancos e empresas brasileiras, valorizaria o dólar e aumentaria o preço dos importados, o que geraria inflação.

O que é a dívida dos EUA

Assim como outros países - inclusive o Brasil - o Tesouro norte-americano emite no mercado financeiro papéis respaldados pelo governo para financiar as atividades do governo federal, como pagamento de funcionários e fundos de previdência.

No caso dos EUA, os títulos são conhecidos como Treasuries, comprados por investidores do mercado financeiro que são remunerados com juros: os títulos americanos são considerados os mais seguros do mundo e, por isso, atraem tantos investidores interessados em comprar seus papéis.

Para quem os EUA devem

Brasil, China, Japão, Reino Unido e os países exportadores de petróleo estão entre os maiores credores estrangeiros. Eles detêm 32% dos títulos da dívida pública dos Estados Unidos.

Segundo os números do Departamento do Tesouro, a dívida pendente dos EUA somava, no último dia 30 de junho, US$ 14,3 trilhões, dos quais US$ 4,6 trilhões eram "pastas intergovernamentais" e US$ 9,7 trilhões eram dívidas nas mãos do público.

Os EUA devem somente ao Brasil a quantia de US$ 187 bilhões. (Quem diria!!!!) O maior credor do país é a China, com US$ 1,1 trilhão, seguida pelo Japão com US$ 882,3 bilhões, o Reino Unido com US$ 272,1 bilhões e os exportadores de petróleo com US$ 211,9 bilhões.

Outros grandes detentores de bônus e títulos da dívida americana são os bancos radicados no Caribe, que acumulam títulos no valor de US$ 169 bilhões, Taiwan com US$ 155 bilhões, Rússia com US$ 151 bilhões, Hong Kong com US$ 135 bilhões e Suíça com US$ 107 bilhões.

Por que a dívida está tão alta

O alto nível de endividamento dos EUA ainda reflete, entre outros fatores, efeitos da "ressaca" da crise financeira desencadeada em 2008 pela quebra do banco Lehman em 2008 pela quebra do banco Lehman Brothers ( veja o texto com essa explicação nesta seção do pH em Questão). Isso porque, em tempos de recessão, um país precisa de mais dinheiro para estimular a economia.

No caso dos EUA, o país emitiu mais papéis com o objetivo de ter dinheiro para evitar a falência de empresas e bancos em dificuldades, isentar e reduzir alguns impostos, e pagar benefícios sociais, como seguro-desemprego, mais necessários em épocas de demissões e cortes de pessoal.

A decisão de socorrer setores da economia que estavam em risco de falência endividou não só os EUA, mas também outros países que hoje enfrentam problemas com a dívida: Grécia, Irlanda e Itália, por exemplo.

Antes disso, os EUA já haviam gastado muito dinheiro ao longo dos anos para financiar guerras e ações militares. Iniciadas há quase dez anos, após os atentados de 11 de setembro de 2001, as operações norte-americanas no Afeganistão custam atualmente mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,1 bilhões) por semana aos cofres americanos, o que tem despertado cada vez mais críticas, tanto de republicanos quanto de democratas.

Obama X oposição

Por trás da discussão em torno dos números da dívida, há uma disputa política entre parlamentares do governo e da oposição.

A oposição republicana, adversária política de Obama, exige que o aumento do limite seja vinculado a cortes maiores no orçamento americano dos que os desejados pelo governo democrata, com medidas como corte de benefícios sociais, que poderiam afetar a vida do cidadão americano comum.

A popularidade de Obama está baixa nos EUA, embora tenha tido um fôlego temporário com a morte de Osama Bin Laden.

O presidente norte-americano, por outro lado, quer sair do impasse sem frear ainda mais a economia. Obama disse concordar com maiores cortes de gastos e queria que os republicanos aceitassem algum aumento de impostos sobre os norte-americanos mais ricos. Eles recusavam.

Reclamação da China

A China, maior credor dos EUA com US$ 1,1 trilhão em bônus, pediu que os Estados Unidos adotem medidas mais responsáveis a fim de proteger os interesses dos investidores nos títulos do Tesouro americano (Treasuries).

"Nós esperamos que o governo norte-americano adote políticas responsáveis para proteger os interesses dos investidores", disse Hong Lei, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China.

Impacto internacional

Um ajuste fiscal tem efeitos na economia, por reduzir investimentos e a quantidade de recursos em circulação. Assim, a difícil recuperação do país pode sofrer ainda mais. Nações que exportam para os Estados Unidos tendem a vender menos para a maior economia do mundo em caso de recessão mais prolongada.

Países como a China e o Brasil têm a maior parte de suas reservas internacionais em títulos da dívida dos Estados Unidos. Esses papéis são considerados os mais seguros do mundo, quase sinônimo de liquidez nos mercados financeiros. Isto quer dizer que são os mais aceitos como garantia e os mais facilmente negociáveis. Em tempos de incertezas, investidores que querem fugir de riscos vendem ações de empresas ou títulos de outros países para se refugiar em aplicações da dívida do Tesouro norte-americano.


CONSEQUÊNCIAS NO BRASIL

Essa crise gerou, além de quedas bruscas na bolsa de valores, especulações que produziram uma alta no dólar.

A semana em que as bolsas de valores tiveram perdas enormes terminou em clima de relativa calma. Mas como esse assunto dominou as manchetes da imprensa no mundo inteiro, é natural que muita gente se pergunte: “Se eu não tenho dinheiro na bolsa, o que é que isso tem a ver comigo?”.

A cada novo dado divulgado lá fora, uma onda de reações que chega no Brasil. A Bovespa que na semana passada caiu 10%, conseguiu terminar esta semana no azul. Quando as ações caem, a empresa perde o estímulo para investir e crescer. É que, além do mercado consumidor estar menor, pode ser mais barato comprar uma concorrente no mercado do que colocar dinheiro em máquinas e obras para construir uma nova fábrica.

Por trás da montanha russa, há o medo de a economia mundial crescer menos ou até entrar em recessão.

As consequências da crise atingem também os cidadãos que trabalham e fazem compras em lojas comuns, por exemplo. É que, se houver desaquecimento da economia, as empresas vão produzir e vender menos e, portanto, empregar menos.

Os especialistas dizem que manter a economia interna girando é fundamental, principalmente porque, se a crise externa se agravar, o ritmo das exportações vai diminuir. Com o mercado mundial retraído, entrariam menos dólares no Brasil. E quando há menos dólares disponíveis, a cotação sobe.

Isso poderia ter efeito direto sobre a inflação, já que o preço de produtos como petróleo, soja e açúcar, por exemplo, varia de acordo com o dólar. A alta do câmbio chegaria também aos produtos importados que os brasileiros consomem.

HISTÓRICO DAS CRISES

A nossa bolsa de valores já passou por várias crises. Elas não são nenhuma novidade. Ao longo de seus 41 anos de vida, o Ibovespa (Índice Bolsa de Valores de São Paulo) enfrentou diversos períodos turbulentos, mas subiu mais de 3.500% desde 1968.

1º Choque do Petróleo - 1973

O choque se originou após a Guerra do Yom Kippur, entre Israel e os países árabes. Como os EUA haviam apoiado os israelenses na guerra, os árabes, que faziam parte do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), decidiram interromper o fornecimento para os EUA, Europa e Japão. Com a redução da oferta, o preço do barril passou de 3 para 12 dólares em três meses. O período, que foi conhecido como o Primeiro Choque do Petróleo, causou uma forte recessão na economia mundial.

Na época o Brasil importava a maior parte do que consumia e sofreu sérias consequências. O primeiro choque nos apanhou completamente desprevenidos. O consumo aparente de petróleo em 1973 era de 870 mil barris/dia e a nossa produção própria não passava de 170 mil barris/dia. Todo o resto era importado e essas importações representavam aproximadamente 850 milhões dólares. Com a correção do preço, as despesas brasileiras com petróleo pularam de 850 milhões para 2,4 bilhões de dólares, em 1974. Isso causou uma evolução catastrófica na dívida externa e provocou o processo de estouro da inflação que perdurou até o 2º choque, em 1979.

No período do Milagre Econômico – 1968/1973 – o PIB brasileiro cresceu a médias anuais superiores a 10% e a bolsa despertava um forte interesse nos investidores brasileiros, mas o Choque contribuiu para que nossas bolsas (na época existiam 27 em todo o país) passassem por um longo período de estagnação. Houve uma grande fuga de capitais da bolsa e o mercado praticamente inexistiu até o surgimento do Plano Real. Durante todo esse período, o crescimento foi muito aquém do que poderia ter sido. O Governo reagiu devagar demais à crise. Optou por uma manutenção da estratégia de crescimento às custas do endividamento externo, acumulou uma divida muito alta que iria pesar muito nos anos 80. E ainda, não fez todos os investimentos adequados pra enfrentar a situação.

2º Choque do Petróleo - 1979

Também motivado por questões políticas, só que desta vez envolvendo apenas o Irã. O 2° Choque ocorreu em meio a Revolução Iraniana, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, que depôs o xá Mohammad Reza Pahlavi. A revolução acabou com a monarquia e o país passou a ser uma república islâmica. O período turbulento foi marcado por protestos e deixou o setor petrolífero do Irã devastado. O Irã era um dos maiores produtores do mundo, mas quando Khomeini assumiu a produção estava baixa devido aos conflitos, e aí se fez valer a Lei da Oferta e da Procura. Consequência: o preço do barril triplicou, passando de 12 para 36 dólares.

A situação no Brasil, que já não era das melhores ficou péssima. Em 1979, o país estava muito mais pobre e mais endividado do que em 1974. O Choque contribuiu para aumentar o tamanho da divida externa e nos transformar em um pais extremamente vulnerável.

Nos anos seguintes ao Choque, a situação só piorou. A dívida externa, que era de 70 bilhões de dólares em 1982, atingiu a cifra de 91 bilhões de dólares, em 1984. Paralelo a isso, nossa dívida interna também atingia valores astronômicos, passando de 6,7% do PIB em 1980, para 22,4% em 1984. Junto com as dívidas, a taxa de juros também era alta e atrativa aos investimentos em poupança, fato que fez a bolsa ser ofuscada pelos rendimentos atraentes que a renda fixa proporcionava.

Moratória mexicana - 1982

O México havia passado por um período de forte crescimento econômico nos anos 70, mas ainda possuía uma economia vulnerável e dependente dos EUA, que sofriam com as consequências das crises do petróleo Os norte-americanos passavam por um período de altas taxas de inflação e, para combatê-las, tiveram que aumentar sua taxa de juros.

Quando isso ocorreu, o México sentiu o efeito do crescimento da década anterior. Sua dívida externa atingiu níveis exorbitantes e o país declarou moratória. A chamada “Crise da Dívida” logo se alastrou para outros países da América Latina. O credito bancário brasileiro acabou. Houve uma revoada de capitais estrangeiros para fora do país e a economia ficou paralisada. Com capital saindo, o brasileiro não acreditando no Brasil e as perspectivas ruins, a bolsa andou totalmente de lado por todo esse período pós Milagre, pós Choques e pós Dívida, com muito pouco volume e interesse.

Segunda-feira negra - 1987

O dia 19 de outubro de 1987 ficou eternizado pelo colapso que afetou as bolsas de todo o mundo. O crash começou em Hong Kong, passou pela Europa e chegou a Nova Iorque. O índice Dow Jones registrou sua maior queda percentual da história em um único dia, com uma baixa de 22,6%. A principal causa desse crash está ligada ao “program trading”, que é o uso de computadores para executar estratégias de trading.

Os investidores usavam programas de computador que vendiam e compravam ações em um momento padrão. Isso, aliado ao comportamento irracional dos investidores, levou o mercado a essa grande anormalidade.

No Brasil o ano já havia começado conturbado, pois em janeiro, o então presidente José Sarney decretou moratória em função da impossibilidade de controlar a inflação e conter gastos. Em junho, o Plano Bresser congelou os preços, aluguéis e salários por 90 dias. O mercado de capitais brasileiro continuava irrisório, a inflação violenta e a moratória só acabaria no ano seguinte.

Plano Collor - 1990

Depois de Dow Jones em 1987, em 1990 foi a vez da Bovespa registrar sua pior baixa da história. Sob o efeito da divulgação do Plano Collor, o pregão fechou com uma queda de 22,26% no dia 21 de março. O governo sequestrou os ativos financeiros de todo mundo. Ficamos quatro meses parados e tivemos o pior resultado econômico desde a época de Pedro Álvares Cabral. Mais tarde o governo abriu as comportas e devolveu tudo. Resultado: a inflação voltou com tudo. Como Collor não tinha maioria parlamentar, pegou um pacote de medidas que achava que deveriam ser feitas e jogou a decisão para o Congresso, mas não discutiu nada e o Congresso engavetou o projeto. Foi falta de acordo político para fazer a reforma. No ano seguinte, porém, a Bovespa teve alta de 110%.

Crise do México - 1994/1995

Uma forte desvalorização atingiu o peso mexicano, que chegou a cair 60% em 15 dias. O país sofreu com a fuga de capitais e de investidores. A crise, que ficou conhecida como “Efeito Tequila”, atingiu vários países da América do Sul, dentre eles, o Brasil. Foi muito ruim para a bolsa. 

Havia uma certa euforia por causa do Real, o país achava que havia se livrado da inflação e que o crescimento voltaria rapidamente, mas a crise mexicana criou um problema enorme para nós, pois estávamos com o câmbio apreciado. Durante esse período os investidores sentiam que o Brasil poderia pedir moratória novamente. Em 1995, perdemos um bilhão de dólares por dia da reserva que era de 20 bilhões, durante 4 ou 5 dias. Em função disso o Banco Central elevou a taxa de juros porque os bancos estavam operando no mercado futuro de câmbios financiados em reais. Perdemos competitividade externa.

Crise asiática – 1997

A crise começou em 02 de julho de 1997, quando o baht, moeda tailandesa passou a flutuar e teve desvalorização imediata de 15%. Em menos de dois meses o mesmo aconteceu com a Malásia, Indonésia e Filipinas. Em agosto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou pacotes emergenciais de empréstimos à Tailândia, Indonésia e Coréia, fato que agravou a crise ainda mais. Em 1997 foi a primeira vez que o circuit breaker da Bovespa foi acionado e as quedas chegaram a 44% no segundo semestre. A crise asiática contribuiu para a crise russa no ano seguinte e para a brasileira, em 1999.

Crise russa - 1998

A Rússia sofreu muito com a crise asiática, principalmente com a desvalorização do preço das commodities, já que os principais produtos de exportação do país eram o petróleo e o gás. Paralelo a isso, a moeda russa, o rublo, desvalorizou-se mais de 50% em função da estratégia adotada pelo governo de deixar o câmbio flutuar. E para piorar a situação, o governo declarou moratória de 90 dias ao pagamento da dívida externa. Por aqui, o Ibovespa se desvalorizou 63%.

Crise do Brasil – 1999

A crise russa afetou diretamente os países emergentes, pois uma crise de confiança foi gerada sobre esses países, pois achava-se que o que havia acontecido com a Rússia poderia acontecer com eles. No Brasil, isso resultou em uma fuga maciça de capitais e como consequência, o governo não pode sustentar o regime cambial vigente e passou a deixar o real, que estava sobrevalorizado, flutuar. A ação resultou em uma queda expressiva da moeda brasileira. A cotação passou de US$1,21 em janeiro para US$1,90, em março e o mercado operou em baixa por oito meses consecutivos, chegando a perder 38%.

No entanto, a longo prazo essa estratégia foi determinante para o crescimento da economia brasileira.

Bolha da internet – 2000

Também conhecida como a bolha das empresas “pontocom”, essa crise ocorreu durante o boom da internet entre os anos de 1995 a 2001. Com o crescimento da rede, as empresas listadas na Nasdaq passaram por uma supervalorização, fato que contribuiu para o surgimento de milhares de outras empresas ligadas à internet, interessadas em abocanhar uma fatia do crescimento surreal que o mercado virtual vivia. No dia 10 de março de 2000, a Nasdaq chegou ao pico de 5048 pontos, o que correspondia a um crescimento de mais de 100% no período de um ano. Com toda essa especulação, o desfecho dessa história não poderia ser diferente. A bolha estourou! Milhares de empresas foram destroçadas e muitos investidores perderam verdadeiras fortunas.

A crise tirou 5 trilhões de dólares do valor de mercado das empresas de tecnologia entre março de 2000 e outubro de 2002. Até hoje a Nasdaq não se recuperou do tombo, pois opera em torno dos 1500 pontos.

World Trade Center – 2001

Os ataques terroristas às torres gêmeas causaram consequências graves a Wall Street. Após o atentado de 11 de setembro, a Bolsa de Nova Iorque ficou quatro dias sem operar, registrando perdas de 590 bilhões de dólares na sua reabertura. O índice Dow Jones teve seu pior desempenho em pontos na história, caindo 14,3% em uma semana. No Brasil, o Ibovespa chegou a cair 7,26% no dia 13 de setembro. O ano foi marcado também pela crise na Argentina, o apagão energético no Brasil e o escândalo financeiro da Enron, nos EUA. A combinação desses fatores fez a Bovespa cair 60% em oito meses, mas recuperou-se rapidamente. Em três meses já havia superado as perdas.

Lula – 2002

As eleições presidenciais anunciavam uma tragédia, ao menos para os investidores estrangeiros. A eleição de Lula causou um temor mundial sobre a possibilidade de o governo mudar os rumos da economia e adotar os ideais petistas. O medo levou o Risco Brasil ao patamar recorde de 1.227 pontos, o dólar atingiu a cotação histórica de 4 reais e o Ibovespa sofreu uma baixa de 65% entre janeiro e outubro de 2002.

O mercado só se acalmou quando percebeu que o novo governo daria continuidade às políticas econômicas da gestão FHC.

A crise do subprime foi a última antes dessa atual (detalhes dela em outro texto dessa seção).

CONCLUSÃO

A crise que se alastrou pelo mundo ainda demonstra estar longe de seu fim. Muito se discute sobre quais serão as consequências do atual momento. Alguns falam que o pior já passou e outros falam que o pior está por vir. Só o tempo irá dizer quem tem razão, mas o que é preciso entender é que crises são cíclicas. Já passamos por várias e muitas ainda virão, pois elas fazem parte do mercado e se repetem de tempos em tempos. O importante é estar preparado para enfrentá-las.

13/09/2011

Jane Duboc


Acompanhe a entrevista com uma de nossas maiores cantoras:

1) Porque você abandonou a vida de esportista? Foi pela música?
R: Eu nunca abandonei o esporte. Sempre gostei de ginástica, vôlei. Nado sempre que posso. Já joguei basquete, tênis, mas agora não dá mais pra competir. Sabe como é?! A idade vem chegando...

2) Porque cantar em Inglês e em especial para brasileiros?
R: Desde quando comecei a cantar, eu fazia o repertório de Jazz, porque meu pai era muito fã dos Beatles e de Bossa Nova. Então, eu cantava em português e inglês, e – como casei com um americano e morei nos EUA muito tempo – lá eu também cantava em português. Então, pra mim, cantar em português ou inglês era muito comum. Às vezes cantava em Espanhol, às vezes em Italiano, mas a maior parte das canções era em português e inglês. Gosto muito do repertório norte-americano; especialmente Jazz, em adoro.

3) Que tipo de comercial você fez nos EUA?
R: Eu fiz vários comerciais. Meu filho também, quando pequenininho, já participava. Nós tínhamos uma agência de publicidade e meu ex-marido, pai do meu filho, fazia todo o trabalho visual, filmava, também cantava e compunha; mas quem fazia as músicas, em geral, era eu mesma.

4) De quais artistas o seu trabalho sofre mais influência?
R: Todos os artistas da face de jazz norte-americanos até hoje me influenciam. Eu gosto muito de jazz. Ele dá liberdade pra você improvisar, a harmonia, a melodia; eu gosto também da música brasileira, mas, em especial, o jazz.

5) Que música você gosta de cantar: Jazz, Jingle, MPB, Música folclórica?
Suas “músicas prediletas” são o Jazz e a música brasileira?
R: Sim.

6) Você prefere fazer show acompanhada for grandes orquestras ou shows mais intimistas?
R: Eu gosto das duas coisas, eu já fiz shows com orquestras maravilhosas, como em Israel em Telaviv. com uma orquestra maravilhosa! Teve um momento em que eu achava que tinha morrido, que estava no céu, a voz começou a ficar embaralhada, as lágrimas correndo, os violinos eram tão afinados, as cordas todas, um sentimento tão forte, e eu cantando as canções de Edu Lobo naquele Teatro Frederico Man, que é uma maravilha de acústica, eu dizia: meu Deus! Isso é um prêmio!
Eu já cantei em várias orquestras, São Paulo, Manaus – eu adoro! – mas também curto muito fazer um show intimista com poucos músicos, em que a liberdade é bem maior. Pode-se improvisar, mudar o caminho, o final, voltar, não muito programado. É mais improvisado, existe uma relação, uma interação com a plateia muito maior.

7) O que te dá mais prazer: trabalhar em estúdio ou cantar em público?
R: As duas coisas. Eu sou rata de estúdio, porque muito pequenininha eu morava, trabalhava, cantava. Para mim, estúdio é como se fosse meu quarto de dormir. Eu não sinto cansaço, perco a hora, não sei se está sol, se está chovendo, não sei nada de tal envolvimento que eu sinto. Eu gosto, sim, de fazer show, mas também gosto de estúdio, porque ali é a hora da verdade.


8) Existe algum artista com quem você ainda não trabalhou, mas que gostaria de trabalhar?
R: Existe um guitarrista chamado Michael Sdern. Eu adoraria trabalhar com ele; eu adoro as músicas dele. Quando às vezes eu estou triste, eu coloco o CD dele, de repente há um fluxo de alegria dentro do meu coração tão enorme, ele cura, com as criações melódicas dele, com a maneira de acentuar a canção, ou seja, tem uma sintonia de alma inexplicável, adoraria fazer um trabalho com ele.

9) Fale sobre seu mais recente trabalho.
R: São canções do Jay. Eu tenho, como convidados, Milton Nascimento, Jorge Vercilo, Isabella Taviani, Pedro Mariano, Toninho Horta, Robin Mauzy, que gravou recentemente na Amazônia, o próprio Jay que canta uma canção comigo. Eu fiz algumas canções em inglês. Jack’s Garden, que é meu parceiro, meu primo que mora nos EUA, já recebeu algumas premiações de peças da Broadway, fez algumas canções pra mim.

23/03/2011

A ética no meio esportivo

Nos últimos anos, temos visto vários comportamentos que mostram uma ética frágil e a falta de cultura esportiva no Brasil.

Em relação ao futebol, nos dois últimos Campeonatos Brasileiros houve até quem torcesse contra o próprio time, apenas para combater a torcida rival da cidade. Em 2009, torcedores do Grêmio pediram explicitamente para o time entregar o jogo final contra o Flamengo. Não desejavam que o rival gaúcho Internacional pudesse ser campeão. Nesse jogo, o Grêmio jogou com o time de reservas e o Flamengo se sagrou Campeão ao vencê-lo por 2 a 1.


No último Campeonato Brasileiro, a torcida são-paulina levou faixas com a palavra "Entrega" para Barueri, o­nde o time recebeu o Fluminense. Como um triunfo da equipe carioca prejudicaria o Corinthians, rival são-paulino ainda com chances de título, parte da torcida da equipe do Morumbi comemorou os gols do rival, que venceu por 4 a 1. O mesmo aconteceu no jogo com o Palmeiras, outro arquirrival corintiano.


Esse comportamento mostra que nós, brasileiros, confundimos ética com vantagem, ou seja, a pessoa torce para o que ela acha mais vantajoso para ela.

Agora, em janeiro, o pentacampeão Rivaldo, aos 38 anos, foi contratado para ser jogador do São Paulo, e continuou na presidência do clube de futebol Mogi Mirim. Há um exercício de função em que o conflito de interesses é gritante. São duas funções incompatíveis. Como se comportará o jogador em um jogo do São Paulo contra Mogi? Por mais que seja um grande profissional, a exclusividade é o caminho mais ético, mais transparente.


Mas isso não ocorre só no futebol...


Felipe Massa e a Ferrari foram criticados quando o brasileiro acatou ordens de sua equipe e deixou Fernando Alonso ultrapassá-lo no GP da Alemanha, em julho de 2010. Muitos condenaram o Felipe Massa mas, se fosse o espanhol que tivesse deixado o brasileiro passar, será que isso incomodaria alguém? O que se observa é que o torcedor apoia a marmelada* que favorece o seu próprio interesse. Quando o resultado lhe convém, ele endossa, mesmo que seja uma atitude considerada imoral. O que está em jogo é a paixão. A ética é totalmente esquecida nessa hora.


Aos olhos dos milhões de espectadores que acompanham as corridas no mundo inteiro, a credibilidade da competição fica ferida, desacreditada. As pessoas que gostam do esporte entendem que em qualquer modalidade, a vitória, o empate ou a derrota devem ser definidos dentro de uma disputa justa, limpa, irretocável, sem intromissões alheias, sem que interesses de terceiros (ainda que sejam as escuderias, equipes ou times envolvidos) sejam os motivadores do ocorrido.

A competição deve estar acima dos milhões de dólares que movimentam as modalidades. Se o doping é abominável em competições de atletismo ou natação, se juízes que recebem propina para ajudar uma equipe a vencer no futebol constituem ato igualmente impróprio e imoral, a intromissão das escuderias de Fórmula 1 (ou de qualquer outra categoria do automobilismo mundial) é, também, uma ação indevida, desqualificada, antiética e totalmente imprópria para a prática esportiva.

A natureza do esporte tem como base primordial a competição. A cooperação dentro de uma mesma equipe deve acontecer, mas os limites desta ação de trabalho e auxílio terminam quando começam as disputas, os jogos, as corridas. Dentro das arenas esportivas, ainda que colegas de um mesmo time, cabe a cada atleta procurar a vitória sobre os demais competidores, sejam eles de sua própria equipe ou não.

Felipe Massa, que aos olhos de muitos pode ser visto como vítima desta farsa que se estabeleceu na Fórmula 1 - situação que infelizmente já aconteceu em outros momentos -, acatou as ordens e deixou Alonso passar. E se tivesse resolvido seguir adiante, mantendo a posição conquistada na pista, sofreria sanções da equipe? Seria repreendido pelos diretores? Teria multas aplicadas e descontos em seu salário? Mas sua atitude seria considerada de qual forma pela opinião pública? Prova de força, de coragem e de competitividade? Ou como insubordinação, motim e irresponsabilidade perante a equipe?

A ética no esporte prevê a disputa limpa, sem intromissões que prejudiquem o desenrolar da competição. Em 2008, a Renault, seu diretor Flávio Briatore e o piloto Nelsinho Piquet foram condenados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por um acidente com o piloto brasileiro. Acidente forjado durante prova do campeonato mundial de Fórmula 1 daquele ano, criado para beneficiar o colega de equipe de Piquet, que estava na disputa pelo primeiro lugar na prova e no campeonato de pilotos. As ações deste GP da Alemanha de 2010 são igualmente condenáveis, pois se revelam antiéticas como as daquela situação. Ironias à parte, o beneficiário do acidente de Piquet foi também Fernando Alonso...

É claro que em 2008, no caso Piquet, há agravantes, como a simulação previamente planejada de um acidente com o piloto brasileiro. Mas agora, em 2010, com regulamento claro que impede qualquer equipe de pedir ou "orientar" seus pilotos a fazer o tal jogo de equipe, a atitude foi igualmente premeditada e pensada nos boxes da Ferrari e fere a dignidade dos pilotos, da equipe, da categoria e do esporte. Situações como esta levam os fãs da F1 a duvidarem da credibilidade do que está sendo visto...

Para se ter noção de como a ética é colocada de lado, em detrimento da parte financeira, o Conselho Mundial da FIA ( Federação Internacional de Automobilismo ), reunido no dia 10 de dezembro de 2010, decidiu suprimir de seu código o artigo que, na teoria, vetava as marmeladas*, o 'jogo de equipe'.


Outra atitude que esbarra na ética foi a da nossa seleção masculina de vôlei, que, no Mundial da Itália, jogou com reservas contra a Bulgária, perdeu e evitou uma trajetória mais difícil até a final. Enquanto para alguns o time fez parte de uma marmelada*, para outros, Bernadinho e os atletas tiveram uma atitude racional, uma vez que o regulamento do campeonato prejudicava as seleções de melhor campanha. Houve - e ainda há - inúmeras declarações de apoio àquela derrota, pois se o Brasil ganhasse da Bulgária, mas não chegasse à final, poderia dar a ideia de ser um time ingênuo, que caiu na armadilha do regulamento italiano.


Vale reforçar que esses arranjos no esporte por vezes são aceitos, e até desejados, porque o Brasil não ostenta uma cultura esportiva sólida. A torcida é para que o fato de o Brasil sediar a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 alavanque o processo de sedimentação dessa cultura esportiva, dessa ética. É muito importante ensinar a população a torcer eticamente, educar para o esporte.

Na virada do século XIX para o XX, tivemos o célebre ensinamento do Barão de Coubertin, responsável pelo surgimento das Olimpíadas Modernas, que dizia que "O importante é competir". Esperamos que este ensinamento, que tem sido substituído por "O importante é vencer", ainda mais neste século XXI, no qual há milhões de motivos (a serem depositados em contas bancárias) para que as vitórias aconteçam, não se deixe deturpar e que os líderes e as pessoas analisem a real função do esporte.

Para concluir, reproduzo abaixo os depoimentos de dois grandes campeões profissionais, abordando a questão da ética no esporte:



"Num mundo cada vez mais profissional e competitivo, o­nde o resultado se torna fator de sobrevivência, o assunto ÉTICA é cada vez mais discutido, mesmo nos meios em que, historicamente, isso deveria ser uma regra. O esporte é um destes meios, com inúmeros casos que geram discussões sobre o tema.

Quem não se lembra dos célebres casos de Senna e Prost e agora, mais recentemente, dos jogos de equipe da Ferrari, na Fórmula 1?

Quantos casos de doping têm sido vistos ao longo do tempo, principalmente em Olimpíadas, o­nde o tão festejado espírito olímpico deveria prevalecer?

No futebol, volta e meia somos bombardeados com notícias sobre 'corpo mole' de alguns times e as tais 'malas pretas e brancas'.

Até num esporte que sempre foi referência de correção na conduta, que é o vôlei (infelizmente tenho que falar isso sobre o meu esporte), vimos recentemente um Campeonato Mundial cheio de resultados estranhos, inclusive o já famoso jogo do Brasil contra a Bulgária, em que a nossa seleção entregou o jogo para se beneficiar, entrando em uma chave melhor na fase seguinte.

Enfim, temos inúmeros casos que demonstram que os interesses comerciais estão à frente da ética e do tão celebrado espírito esportivo ou espírito olímpico. O ideal olímpico do Barão de Coubertin, que dizia que o importante não é ganhar e sim competir, já ficou pra trás há muito tempo...

Sinceramente, torço para que aconteçam mais exemplos como o da Red Bull na Fórmula 1, que foi campeã mundial de equipes e pilotos sem jogo de equipe, inclusive co m uma ordem do dono da empresa que rechaçou qualquer possibilidade disso ocorrer. Desta maneira, poderemos ver o esporte repleto de bons exemplos.

Nós, pessoas do esporte, temos a obrigação de lutar pela ética, para que possamos continuar a ter a prática esportiva como instrumento de inclusão social e fonte de bons princípios e valores para nossas crianças, que crescerão cheias de saúde e bons exemplos a seguir.

Essa é a torcida de alguém que descobriu o esporte aos 10 anos de idade, competiu durante 25 anos, e NUNCA precisou de qualquer tipo de artifício que ferisse a ética no esporte para ser competitivo e conquistar um espaço de destaque." (Nalbert)


"Todo esporte precisa de ética. E o que é isso? Significa começar pela primeira premissa do esporte: nunca perder de propósito, mesmo que seja para ter um melhor resultado ou cruzamento na frente. Feliz 2011 para vocês com muita ética na 'vida'." (Oscar Schmidt)


* "Marmelada de banana, bananada de goiabada, goiabada de marmelo" – trecho da famosa música de Gilberto Gil - Tal qual acontece nessa música, em que a marmelada não é de marmelo, nas fábricas de conservas, várias vezes a marmelada é de chuchu com marmelo. O chuchu é acrescentado de forma ilegítima no doce. Daí vem o uso de marmelada com o sentido de um 'arranjo' de participantes de uma competição.

Da terrinha...

Segue uma coletânea de piadas da TERRINHA, como meu avô Alfredo, com ascendência portuguesa, gostava de dizer. Tenho certeza de que, onde ele estiver, irá dar boas risadas.

NOTÍCIAS DE LISBOA
'Gêmeo tenta se suicidar e mata o irmão por engano'

DISK FINADOS

Lançaram em Portugal, o novo serviço por telefone, é o Disk-Finados.
Você telefona e ouve um minuto de silêncio !

ACIDENTE AÉREO
Um avião caiu no cemitério em Portugal. O acidente foi horrível já retiraram 35.000 mortos !

CURVA PERIGOSA
O português estava dirigindo em uma estrada, quando viu uma placa que dizia:
'Curva Perigosa à Esquerda'. Ele não teve dúvidas: virou à direita!

AGENDA DE TELEFONE
Por que os portugueses usam somente a letra 'T' em suas agendas de telefone?
Telefone do Antonio, telefone do Joaquim, telefone do Manoel,

LOJA DE SAPATOS
O Manuel foi, na segunda-feira, a uma loja de sapatos. Escolheu, escolheu e acabou se decidindo por um par de sapatos de cromo alemão.
O vendedor entregou o sapato, mas foi logo advertindo-o:
- Sr., estes sapatos costumam apertar os pés nos primeiros cinco dias.
- Não! tem problema. Eu só vou usá-los no domingo que vem.

NO SEXO
- Manuel, você gosta de mulher com muito seio?
- Não, pra mim dois já tá bom.

NO TRABALHO

Conversa entre o empregado e o chefe, ambos portugueses:
- Chefe, nossos arquivos estão super lotados, posso jogar fora os que tem mais de 10 anos?
- Sim, mas antes tire uma cópia de todos.

NO CHUVEIRO

Manuel está tomando banho e grita para Maria:
- Ô Maria, me traz um shampoo.
E Maria lhe entrega o shampoo. Logo em seguida, grita novamente:
- Ô Maria, me traz outro shampoo.
- Mas eu já te dei um agorinha mesmo, homem !!!
- É que aqui está dizendo que é para cabelos secos e eu já molhei os meus.

MANOEL JOAQUIM
Manoel Joaquim dos Santos, nascido em Trás-dos-Montes, no extremo bem
extremo Leste de Portugal, ganhou seu primeiro lápis de colocar na orelha, quando tinha 2 anos. Aos 15 anos, já no primário, ganhou sua primeira caneta-tinteiro de orelha. Aos 32 anos, descobriu que caneta também servia para escrever.
Hoje, já informatizado, está com orelha de abano, por causa do peso do mouse...

SORTE

O português vê uma máquina de Coca Cola e fica maravilhado.
Coloca uma fichinha e cai uma latinha. Coloca 2 fichinhas e caem 2 latinhas.
Coloca 10 fichas e caem 10 latinhas. Então ele vai ao caixa e pede 50 fichas.
Diz então o caixa:
- Desse jeito o Sr. vai acabar com as minhas fichas.
- Não adianta, eu não paro enquanto estiver ganhando.

SEGREDOS

O português passava em frente a um chaveiro quando viu uma placa:
'Trocam-se segredos'. Parou abruptamente, entrou na loja, olhou para os lados e cochichou para o balconista:
- Eu sou gay, e você?!

SOCIEDADE

Vocês sabem porque sociedade entre portugueses sempre dá certo?
Porque um rouba do outro e deposita na conta conjunta!

DOIS BASTAM

- Você sabe quantos portugueses são necessários para afundar um submarino?
- Dois. Um bate na porta, o outro abre!

SELF-SERVICE

- Como é restaurante por quilo de português?
- O cliente é pesado, na entrada e na saída.

NO SUPERMERCADO

- Por que o português, cada vez que compra uma caixa de leite, abre-a, ali mesmo, no supermercado?
- Porque na caixa está escrito: 'Abra aqui.'

MARIA

Maria, a mulher do Manuel, foi fazer exame de fezes e colocou a latinha com o conteúdo do exame em cima do balcão.
A recepcionista solicitou:
- Dá prá senhora colocar o nome, por favor?
A lusitana não hesitou e escreveu: cocô.

AINDA A MARIA
Maria vai ao ginecologista reclamando que não consegue engravidar.
Por favor, tire a roupa e deite-se naquela maca - diz o médico, preparando-se para examiná-la.
E ela indecisa:
- Mas, doutor! Eu queria tanto que o filho fosse do meu Manuel!

16/01/2011

2010 - De A até Z

A – Aids - o primeiro paciente de Aids foi 100% curado, mesmo que não seja a descoberta da cura foi um grande avanço na medicina atual ;

África do Sul - o país mostrou muita alegria, disposição e irreverência na realização de uma inesquecível Copa do mundo, provando para o mundo que é possível realizar uma Copa em países em desenvolvimento.

B – Beyoncé - quebrou recordes nos GRAMMYs como a mais nominada da noite e se tornou a artista feminina que mais levou prêmios em uma só noite (6) ;

C – Conca – argentino se destaca como melhor jogador do Brasil, participa de todos os jogos do Campeonato Brasileiro e se consagra como CAMPEÃO BRASILEIRO pelo Fluminense ;

D – Dilma Roussef – ela foi eleita em 31 de outubro a primeira presidente mulher do Brasil. Ela toma po sse em 1º de janeiro ;

E – ENEM – depois do vazamento do exame em 2009, 2010 foi mais um ano de problemas. O ENEM mostrou que a maior prova do país ainda carece de estrutura. Em 2010, gabaritos e enunciados foram impressos com erros, fiscais não tiveram um discurso comum e isso causou constrangimentos entre governo, universidades e estudantes ;

ESPANHA – a Fúria conseguiu se sagrar campeã do mundo pela primeira vez disputando um belo futebol na Copa da África do Sul ;


F - Filme – Tropa de Elite 2 – sucesso de crítica e público;


G – Gírias Novas – algumas expressões emplacaram via TV ou internet : Aloka ( “BBB 10” e “Pânico na TV” ), Tenso ( internet ), Seu lindo ( internet ), Ah, moleque ! ( “Pânico na TV” ), Eu sou rica! ( internet ), Eu quero defender toda aquela corrupção ( Weslian Roriz e internet ) ;



Glee - importante destacar a série que surgiu em setembro de 2009 mas teve enorme repercussão em 2010. A série musical disputou suas versões covers com as versões originais e alcançando, muitas vezes, melhores posições que as músicas originais nas paradas americanas ;



H – Haiti – um terremoto de sete graus na escala Richter castigou o Haiti em janeiro deste ano, matando mais de 200000 mil pessoas e ferindo outras 300 mil. Imagens de destruição rodaram o mundo e mostraram um país destruído, simbolizado pela fotografia do palácio do governo em ruínas ;


I – Iphone – no quesito eletrônicos, o mercado foi dominado pelo “i” minúsculo dos produtos da Apple. O iphone vendeu tanto no mercado brasileiro que os estoques não deram conta da demanda. O ipad, por sua vez, levou clientes a fazer fila na frente das lojas ;



Iraniana - Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher iraniana condenada a morte por apedrejamento por suposto adultério, comoveu o mundo pela arbitrariedade da pena ;



J – Justin Bieber – o cantor teen deu continuidade ao sucesso desenfreado surgido no You Tube. Em 2010, ele lançou o segundo álbum de estúdio, “ My World 2.0”, e o si ngle “Baby”, além de ser o assunto de diversas biografias e de bater recorde de postagens no Facebook ;



K – Kristen Stewart – ela cresceu no ano de 2010, sem vampiros e bem ousada. Em “The Runaways”, ela beijou outra garota, e em “Welcome to the Rileys” ( inédito no Brasil ), tirou a roupa no papel de uma “stripper” em crise ;



L – Luan Santana - “ Você é o raio de saudade / Meteoro da paixão.” Os versos de Meteoro levaram ao cantor Luan Santana, 19, ao topo da música pop brasileira em 2010. Luan virou o rei do sertanejo universitário com cachê de até R$ 400 mil ;



M – Mineiros do Chile – do fundo do poço ao topo da fama, os 33 mineiros do Chile foram os melhores do ano na categoria “ascensão meteórica”. O processo de resgate deles foi a novela global da vida real de 2010, acompanhada passo a passo no mundo todo ;



N – Neymar – os brasileiros queriam Neymar, 18 anos, na seleção. Os ingleses, no Chelsea. Mas ele ficou no Santos. Craque mimado, no Santos ele aprontou bastante sendo um dos responsáveis pela saída do treinador Dorival Junior ;



O – Óculos sem lentes – a moda dos óculos sem lentes ( ou com lentes sem grau ) explodiu com o uso da banda Restart ;



P – Pelé – o maior jogador de todos os tempos fez 70 anos e continua com um marketing e saúde perfeitos ;



Q – Qatar – assim como a Rússia, foi escolhido como sede da Copa do Mundo de 2022. É o fator financeiro com uma influência maior na escolha da FIFA ;



R – Restart – a banda formada pelo quarteto Pe Lanza, Pe Lu, Koba e Thomas teve uma projeção bem grande no ano de 2010 ;



S – Shows – o ano se destacou pelos inúmeros shows internacionais : Beyoncé, Green Day, Guns’n’Roses, Coldplay, Black Eyed Peas,...;



T – Tiririca – o comediante quase analfabeto foi eleito deputado federal com altíssima votação e passou pelo constrangimento de fazer uma avaliação da sua escrita ;



U - UPP’s – a polícia do Rio de Janeiro está conseguindo reverter sua imagem com a ocupação de espaços e de morros que eram redutos de traficantes. Destaque para a ocupação de forma bem estruturada e pacífica do Morro do Alemão que era um reduto do tráfico ;



W – WIKILEAK S – site que passou vários dados confidenciais dos EUA para o mundo. Esse site de vazamento de documentos divulgou vídeo em que militares dos EUA fuzilavam iraquianos de um helicóptero e documentos secretos em que diplomatas norte-americanos esculhambavam meio mundo. Seu criador, Julian Assange, foi preso sob acusação de crimes sexuais ( relações sem preservativo na Suécia ) e solto sob fiança ;



X – X Games – o X Games, maior competição de esportes radicais do mundo foi um sucesso para brasileiros com o catarinense Pedro Barros, 15 anos. Estreando entre os profissionais, o garoto levou ouro na categoria “skate park” ;


Y – Yogo – as lojas de quiosques de sorvetes de iogurte estão em todo o lugar. Seus “frozen yogurts” têm zero de gordura, podem vir em versão natural, de frutas ou de chá verde, e têm muitas opções de cobertura ;



Z – Zuckerberg - O homem de US$6,9 bilhões. Aos 26 anos, criador do Facebook, a rede social que conecta 500 milhões de pessoas em todo o mundo, Mark Zuckerberg está retratado no ótimo filme “ A Rede Social” e no livro “Bilionário por Acaso”.