13/09/2011

Jane Duboc


Acompanhe a entrevista com uma de nossas maiores cantoras:

1) Porque você abandonou a vida de esportista? Foi pela música?
R: Eu nunca abandonei o esporte. Sempre gostei de ginástica, vôlei. Nado sempre que posso. Já joguei basquete, tênis, mas agora não dá mais pra competir. Sabe como é?! A idade vem chegando...

2) Porque cantar em Inglês e em especial para brasileiros?
R: Desde quando comecei a cantar, eu fazia o repertório de Jazz, porque meu pai era muito fã dos Beatles e de Bossa Nova. Então, eu cantava em português e inglês, e – como casei com um americano e morei nos EUA muito tempo – lá eu também cantava em português. Então, pra mim, cantar em português ou inglês era muito comum. Às vezes cantava em Espanhol, às vezes em Italiano, mas a maior parte das canções era em português e inglês. Gosto muito do repertório norte-americano; especialmente Jazz, em adoro.

3) Que tipo de comercial você fez nos EUA?
R: Eu fiz vários comerciais. Meu filho também, quando pequenininho, já participava. Nós tínhamos uma agência de publicidade e meu ex-marido, pai do meu filho, fazia todo o trabalho visual, filmava, também cantava e compunha; mas quem fazia as músicas, em geral, era eu mesma.

4) De quais artistas o seu trabalho sofre mais influência?
R: Todos os artistas da face de jazz norte-americanos até hoje me influenciam. Eu gosto muito de jazz. Ele dá liberdade pra você improvisar, a harmonia, a melodia; eu gosto também da música brasileira, mas, em especial, o jazz.

5) Que música você gosta de cantar: Jazz, Jingle, MPB, Música folclórica?
Suas “músicas prediletas” são o Jazz e a música brasileira?
R: Sim.

6) Você prefere fazer show acompanhada for grandes orquestras ou shows mais intimistas?
R: Eu gosto das duas coisas, eu já fiz shows com orquestras maravilhosas, como em Israel em Telaviv. com uma orquestra maravilhosa! Teve um momento em que eu achava que tinha morrido, que estava no céu, a voz começou a ficar embaralhada, as lágrimas correndo, os violinos eram tão afinados, as cordas todas, um sentimento tão forte, e eu cantando as canções de Edu Lobo naquele Teatro Frederico Man, que é uma maravilha de acústica, eu dizia: meu Deus! Isso é um prêmio!
Eu já cantei em várias orquestras, São Paulo, Manaus – eu adoro! – mas também curto muito fazer um show intimista com poucos músicos, em que a liberdade é bem maior. Pode-se improvisar, mudar o caminho, o final, voltar, não muito programado. É mais improvisado, existe uma relação, uma interação com a plateia muito maior.

7) O que te dá mais prazer: trabalhar em estúdio ou cantar em público?
R: As duas coisas. Eu sou rata de estúdio, porque muito pequenininha eu morava, trabalhava, cantava. Para mim, estúdio é como se fosse meu quarto de dormir. Eu não sinto cansaço, perco a hora, não sei se está sol, se está chovendo, não sei nada de tal envolvimento que eu sinto. Eu gosto, sim, de fazer show, mas também gosto de estúdio, porque ali é a hora da verdade.


8) Existe algum artista com quem você ainda não trabalhou, mas que gostaria de trabalhar?
R: Existe um guitarrista chamado Michael Sdern. Eu adoraria trabalhar com ele; eu adoro as músicas dele. Quando às vezes eu estou triste, eu coloco o CD dele, de repente há um fluxo de alegria dentro do meu coração tão enorme, ele cura, com as criações melódicas dele, com a maneira de acentuar a canção, ou seja, tem uma sintonia de alma inexplicável, adoraria fazer um trabalho com ele.

9) Fale sobre seu mais recente trabalho.
R: São canções do Jay. Eu tenho, como convidados, Milton Nascimento, Jorge Vercilo, Isabella Taviani, Pedro Mariano, Toninho Horta, Robin Mauzy, que gravou recentemente na Amazônia, o próprio Jay que canta uma canção comigo. Eu fiz algumas canções em inglês. Jack’s Garden, que é meu parceiro, meu primo que mora nos EUA, já recebeu algumas premiações de peças da Broadway, fez algumas canções pra mim.

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